O VÍDEO NA SALA DE AULA
Este texto, mesmo que ainda de 1995, traz ótimos subsídios
de como trabalhar um vídeo em sala de aula.
O texto "O vídeo na sala de aula" é de José Manuel Moran.
Para ler o texto na íntegra O vídeo na sala de aula.
O texto "O vídeo na sala de aula" é de José Manuel Moran.
Para ler o texto na íntegra O vídeo na sala de aula.
PROPOSTAS DE USO DO VÍDEO
Proponho, a seguir, um roteiro simplificado e esquemático
com algumas formas de trabalhar com o vídeo na sala de aula.
Como roteiro não há uma ordem rigorosa e pressupõe total
liberdade de adaptação destas propostas à realidade de cada
professor e dos seus alunos.
USOS INADEQUADOS EM AULA
Vídeo-tapa buraco: colocar vídeo quando há um problema inesperado,
como ausência do professor.
Usar este expediente eventualmente pode ser útil, mas se
for feito com freqüência, desvaloriza o uso do vídeo e o
associa -na cabeça do aluno- a não ter aula.
Vídeo-enrolação: exibir um vídeo sem muita ligação com a matéria.
O aluno percebe que o vídeo é usado como forma de camuflar a aula.
Pode concordar na hora, mas discorda do seu mau uso.
Vídeo-deslumbramento: O profesor que acaba de descobrir o uso
do vídeo costuma empolgar-se e passa vídeo em todas as aulas,
esquecendo outras dinâmicas mais pertinentes.
O uso exagerado do vídeo diminui a sua eficácia e empobrece as aulas.
Só vídeo: não é satisfatório didaticamente exibir o vídeo sem discuti-lo,
sem integrá-lo com o assunto de aula, sem voltar e mostrar alguns
momentos mais importantes.
momentos mais importantes.
PROPOSTAS DE UTILIZAÇÃO
Vídeo como SENSIBILIZAÇÃO
É, do meu ponto de vista, ouso mais importante na escola.
Um bom vídeo é interessantíssimo para introduzir um novo asunto,
para despertar a curiosidade, a motivação para novos temas.
Isso facilitará o desejo de pesquisa nos alunos para aprofundar
o assunto do vídeo e da matéria.
Vídeo como ILUSTRAÇÃO
O vídeo muitas vezes ajuda a mostrar o que se fala em aula,
a compor cenários desconhecidos dos alunos.
Por exemplo, um vídeo que exemplifica como eram os romanos
na época de Julio Cesar ou Nero, mesmo que não seja totalmente fiel,
ajuda a situar os alunos no tempo histórico.
Um vídeo traz para a sala de aula realidades distantes dos alunos,
como, por exemplo, a Amazônia ou a África. A vida se aproxima da
escola através do vídeo.
Vídeo como SIMULAÇÃO
É uma ilustração mais sofisticada. O vídeo pode simular experiências
de química que seriam
perigosas em laboratório ou que exigiriam muito tempo e recursos.
Um vídeo pode mostrar o
crescimento acelerado de uma planta, de uma árvore - da semente
até a maturidade - em
poucos segundos.
Vídeo como CONTEÚDO DE ENSINO
Vídeo que mostra determinado assunto, de forma direta ou indireta.
De forma direta, quando informa sobre um tema específico orientando
a sua interpretação.
De forma indireta, quando mostra um tema, permitindo abordagens
múltiplas, interdisciplinares.
múltiplas, interdisciplinares.
Vídeo como PRODUÇÃO
- Como documentação, registro de eventos, de aulas,
de estudos do meio, de experiências, de entrevistas, depoimentos.
Isto facilita o trabalho do professor, dos alunos e dos futuros alunos.
O professor deve poder documentar o que é mais importante para
o seu trabalho, ter o seu próprio material de vídeo assim como tem
os seus livros e apostilas para preparar as suas aulas.
O professor estará atento para gravar o material audiovisual
mais utilizado, para não depender sempre do empréstimo ou
aluguel dos mesmos programas.
- Como intervenção: interferir, modificar um determinado
programa, um material audiovisual, acrescentando uma
nova trilha sonora ou editando o material de forma compacta ou
introduzindo novas cenas com novos significados.
O professor precisa perder o medo, o respeito ao vídeo
assim como ele interfere num texto escrito, modificando-o,
acrescentando novos dados, novas interpretações,
contextos mais próximos do aluno.
.
Vídeo como AVALIAÇÃO
Dos alunos, do professor, do processo.
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