quinta-feira, 30 de junho de 2011

O VÍDEO NA SALA DE AULA

O VÍDEO NA SALA DE AULA

Este texto, mesmo que ainda de 1995, traz ótimos subsídios
 de como trabalhar um vídeo em sala de aula.


O texto "O vídeo na sala de aula" é de  José Manuel Moran.

Para ler o texto na íntegra O vídeo na sala de aula.



PROPOSTAS DE USO DO VÍDEO
Proponho, a seguir, um roteiro simplificado e esquemático 
com algumas formas de trabalhar com o vídeo na sala de aula. 
Como roteiro não há uma ordem rigorosa e pressupõe total 
liberdade de adaptação destas propostas à realidade de cada
 professor e dos seus alunos. 

USOS INADEQUADOS EM AULA

Vídeo-tapa buraco: colocar vídeo quando há um problema inesperado, 
como ausência do professor. 
Usar este expediente eventualmente pode ser útil, mas se
 for feito com freqüência, desvaloriza o uso do vídeo e o 
associa -na cabeça do aluno- a não ter aula. 

Vídeo-enrolação: exibir um vídeo sem muita ligação com a matéria. 
O aluno percebe que o  vídeo é usado como forma de camuflar a aula. 
Pode concordar na hora, mas discorda do seu mau uso. 

Vídeo-deslumbramento: O profesor que acaba de descobrir o uso 
do vídeo costuma  empolgar-se e passa vídeo em todas as aulas, 
esquecendo outras dinâmicas mais pertinentes. 
O uso exagerado do vídeo diminui a sua eficácia e empobrece as aulas. 

Só vídeo: não é satisfatório didaticamente exibir o vídeo sem discuti-lo,
 sem integrá-lo com o assunto de aula, sem voltar e mostrar alguns
momentos mais importantes.


PROPOSTAS DE UTILIZAÇÃO

Vídeo como SENSIBILIZAÇÃO
É, do meu ponto de vista, ouso mais importante na escola. 
Um bom vídeo é interessantíssimo para introduzir um novo asunto,
 para despertar a curiosidade, a motivação para novos temas. 
Isso facilitará o desejo de pesquisa nos alunos para aprofundar 
o assunto do vídeo e da matéria. 

Vídeo como ILUSTRAÇÃO
O vídeo muitas vezes ajuda a mostrar o que se fala  em aula, 
a compor cenários desconhecidos dos alunos. 
Por exemplo, um vídeo que exemplifica como eram os romanos
 na época de Julio Cesar ou Nero, mesmo que não seja totalmente fiel, 
ajuda a situar os alunos no tempo histórico. 
Um vídeo traz para a sala de aula realidades distantes dos alunos,
 como, por exemplo, a Amazônia ou a África. A vida se aproxima da
 escola através do vídeo. 

Vídeo como SIMULAÇÃO
É uma ilustração mais sofisticada. O vídeo pode simular experiências
 de química que seriam 
perigosas em laboratório ou que exigiriam muito tempo e recursos.
 Um vídeo pode mostrar o 
crescimento acelerado de uma planta, de uma árvore  - da semente 
até a maturidade - em 
poucos segundos. 
Vídeo como CONTEÚDO DE ENSINO
Vídeo que mostra determinado assunto, de forma direta ou indireta. 
De forma direta, quando informa sobre um tema específico orientando
 a sua interpretação. 
De forma indireta, quando mostra um tema, permitindo abordagens
múltiplas, interdisciplinares.

Vídeo como PRODUÇÃO
- Como documentação, registro de eventos, de aulas, 
de estudos do meio, de experiências, de entrevistas, depoimentos. 
Isto facilita o trabalho do professor, dos alunos e dos futuros alunos. 
O professor deve poder documentar o que é mais importante para 
o seu trabalho, ter o seu próprio material de vídeo assim como tem 
os seus livros e apostilas para preparar as suas aulas. 
O professor estará atento para gravar o material audiovisual 
mais utilizado, para não depender sempre do empréstimo ou
 aluguel dos mesmos programas. 
- Como intervenção: interferir, modificar um determinado
 programa, um material audiovisual, acrescentando uma
 nova trilha sonora ou editando o  material de forma compacta ou
 introduzindo novas cenas com novos significados. 
O  professor precisa perder o medo, o respeito ao vídeo 
assim como ele interfere num texto escrito, modificando-o, 
acrescentando novos dados, novas interpretações, 
contextos mais próximos do aluno. 
Vídeo como AVALIAÇÃO
Dos alunos, do professor, do processo.

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